sexta-feira, 25 de maio de 2012

No volante





Então, eu estou meio entediado, mas não quero dormir agora, então escrevo e paro pra pensar durante algumas frases. Gosto muito de escrever sobre o que venho pensado ultimamente, e esse negócio de cuidados de Deus não é somente algo que eu tenho pensado, mas vivenciado muito nos últimos dias. Eu lembro de estar com o humor péssimo alguns dias atrás, pra piorar tudo eu tinha ido assim pra igreja. Ir pra igreja de mau humor? Já explico. Um amigo meu tinha me mandado uma mensagem uns dias antes avisando que queria visitar minha igreja e eu fiquei muito animado porque não o via há um tempo. Ele não foi, e isso não foi o motivo do meu mau humor. Eu estava me sentindo tão chato, com tanto sono, e eu odeio ficar de mau humor quando estou perto de pessoas porque acabo soando meio arrogante. Fui até minha classe da escola bíblica e fiquei olhando enquanto todos entravam. De repente uma amiga que eu não via há quase um ano entra na minha sala, o que foi meio que um banho de água fria pra mim porque de um segundo pra outro o meu mau humor havia evaporado. Uma simples conversa mudou o meu dia inteiro. Sabe o que é engraçado? Eu ri muito. Servir a um Deus que tem um senso de humor incrível assim não é fácil, mas vale a pena. Ele viu que eu estava me sentindo estranho, chato, e ainda resolveu me dar um bônus...ou um banho de água fria mesmo! Vale a pena pra mim ir pra igreja quando não quero porque geralmente são nesses dias em que eu mais sinto Deus falando comigo, chego em casa pensando o que não mudaria em mim se eu não tivesse ido. O ser humano não é uma criatura fácil de ser compreendida, e na semana seguinte lá estava eu na igreja com o mesmo mau humor da semana passada. Estava chovendo muito assim que acabou a escola bíblica e acabei ficando por lá enquanto meu pai não chegava pra me buscar, me sentia invisível pra todo mundo. Essa busca demorou um pouco. Lá estava eu sentado enquanto uma menina que não via há anos resolve ir falar comigo, dessa vez não era nem amiga. Preciso dizer o quanto aquilo pareceu estranho pra mim? Eu me senti extremamente bem. Acolhido. Poderia contar às vezes em que alguém pediu pra orar comigo sem mesmo saber como eu estava me sentindo, ou até mesmo os casos de estranhos que encontrei na rua e sem mais nem menos me falaram palavras de conforto quando eu mais precisava. Nesses momentos de dificuldade eu comparo meu relacionamento com Deus com uma viagem de carro próxima a um abismo. Ele está no controle, me permitindo ver o quão dura seria a minha queda se eu quisesse dirigir por conta própria, o que me assusta muito. Seguro firme, mas a insegurança me faz pensar que vou cair, que não vou aguentar, e quando você puxa o gatilho sai aquela bandeirinha escrito “BANG”. Essa força, esperança, e paz inexplicável em tais momentos não poderiam vir de mim mesmo. Hm, não, não mesmo. Mas Ele está no controle, e você nunca sabe aonde vai ser a próxima parada, mesmo que você planeje tudo e pense que aquela seja a melhor direção, quando na verdade não é. É frustrante? É. Mas Ele sabe exatamente o que está fazendo, e eu permito que Ele tome o volante. Tenho que lembrar disso todos os dias. Permita você também! “Ele, o seu protetor, está sempre alerta e não deixará que você caia. O protetor de Israel nunca dorme, nem cochila” (Salmo 121:3).

“In the middle of my little mess I forget how big I’m blessed…”

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