domingo, 28 de outubro de 2012

Incêndio!





Algumas semanas atrás pude presenciar 2 pessoas se matando em palavras, uma de frente para a outra, até que uma não aguentou e saiu chorando. A pessoa que saiu chorando tinha me falado umas coisas meio duras um tempo antes. Um pouco menos de que 2 semanas atrás eu fiquei animado com relação a uma coisa e tudo que eu ganhei foram palavras e mais palavras. No fim de semana passado eu estava com um grupo de colegas e sem intenção alguma eles começaram a conversar sobre algo que me machucou profundamente. Graças a Deus eu fiquei com raiva somente naquele dia, depois eu consegui deixar aquilo de lado. Também ter que conviver com alguém que está sempre reclamando, soltando palavras, não é fácil. Palavras são piores do que socos, chutes, não tenho duvidas com relação a isso. Quando eu era menor eu sempre preferia que meus colegas batessem em mim ao invés de falarem algo, o que raramente acontecia. Não estou falando de palavras duras de conselho que nossos pais nos dão de vez em quando, mas de verdadeiros golpes. Eu amo ouvir as pessoas, mas durante todo o ano eu tenho ouvido todo mundo, visto atitudes e ouvido palavras duras que tocam no fundo da minha alma. Também não quero me inocentar de nada, sei que também sou do meio. Palavras matam! Quem nunca se queimou com palavras e depois teve que levar um tempo pra se “refazer”? E quantos ainda não estão neste ciclo? Eu estou cansado!

 
Todos nós sempre cometemos erros. Quem não comete nenhum erro no que diz é uma pessoa madura, capaz de controlar todo o corpo. Até na boca dos cavalos colocamos um freio para que obedeçam e assim fazemos com que vão aonde queremos. Pensem no navio: grande como é, empurrado por ventos fortes, ele é guiado por um pequeno leme e vai aonde o piloto quer. É isto que acontece com a língua: mesmo pequena, ela se gaba de grandes coisas. Vejam como uma grande floresta pode ser incendiada por uma pequena chama! A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa o seu lugar no nosso corpo e espalha o mal em todo o nosso ser. Como o fogo que vem do próprio inferno, ela põe toda a nossa vida em chamas. O ser humano é capaz de dominar todas as criaturas e tem dominado os animais selvagens, os pássaros, os animais que se arrastam pelo chão e os peixes. Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de veneno mortal, e ninguém pode controlar. Usamos a língua tanto para agradecer ao Senhor e Pai como para amaldiçoar as pessoas, que foram criadas parecidas com Deus. Da mesma boca saem palavras tanto de agradecimento como de maldição. Meus irmãos, isso não deve ser assim. Por acaso pode a mesma fonte jorrar água doce e água amarga? Meus irmãos, por acaso pode uma figueira dar azeitonas ou um pé de uva dar figos? Assim, também, uma fonte de água salgada não pode dar água doce.” (Tiago 3: 2-12)